quinta-feira, abril 26, 2007

 

Comemorações Oficiais do 25 Abril

Pela 1ª vez assisti ao discurso do Presidente da República na Assembleia, e por ocasião das comemorações oficiais do 25 de Abril. Acordei, liguei a televisão e após um mini-zapping estaquei na RTP1 que transmitia em directo. Flores, casa cheia, luvas brancas, militares com a farda de cerimónia, enfim, pompa e circunstância q.b. a que a ocasião obriga e merece.

O discurso do Presidente centrou-se em 3 pontos:

1º- Ao viajar encontrou jovens empresários que lutam pelo sucesso, cientistas e investigadores do melhor que existe. Um apelo aos jovens contra o conformismo e para que não se desinteressem pela vida política e pública do País.
2º - Desafio à classe política para uma democracia com mais qualidade, para prestarem contas do que fazem, para terem sentido ético e separarem os negócios privados da vida política. Há que trabalhar todos em conjunto e ao serviço de Portugal.
3º - Sugestão: inovar as comemorações que após décadas dentro da A.R. afastam o povo do Dia e levam a que o comemorem como apenas mais um feriado.

Nada polémico diria eu. Afinal de contas quem não está de acordo que as pessoas estão cada vez mais afastadas da política por não acreditarem nos políticos que precisamente não prestam contas nem são responsabilizados pelo que fazem? Afinal de contas quem é que vai comemorar o 25 de Abril senão os políticos, capitães de Abril, centrais sindicais e críticos do governo?
Eu por exemplo tinha a casa para aspirar e depois fui dormir a sesta. Um amigo meu foi para a praia, outro foi passear de carro, etc.

Escrevo aqui e hoje apenas por um pormenor. Acabado o discurso lá vêem as palmas dos deputados. Afinal, quanto mais não seja é uma questão de educação, digo eu. É o Presidente da República e acabou de discursar. Não meus amigos afinal não foi assim. Os senhores deputados do PCP e BE foram os únicos que não aplaudiram...

Perguntam vocês: porquê? Pois eu fiz mais um esforço pois apercebi-me que à saída iriam obter comentários ao discurso. E então atentem bem: Jerónimo Sousa não aplaudiu porque o Presidente "esqueceu-se" dos jovens que estão desempregados ou com contratos precários. Francisco Louçã, por seu turno, destacou o País dos recibos verdes e a omissão do Presidente quanto ao não referendar o tratado de Roma... Está tudo maluco?

Só por curiosidade Marques Mendes achou um discurso muito positivo, virado para o futuro e finalmente curto, o que é bom enquanto o regressado Paulo Portas destacou a falta de conhecimento histórico o que leva também à desmobilização dos jovens.

Pronto, já desabafei!


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E queres comentários para quê???
 
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