terça-feira, novembro 22, 2005

 

Agora sim!

Temos que admitir que está na moda dizer mal da política e dos políticos. Embora a culpa possa passar muito por eles, o que é um facto é que se diz mal dos políticos sem provas e sem factos. O único que me ocorre assim de repente, e não é pouco, é o estado em que têm deixado o país.

Mas tirando isso o que há mais?... Assembleia vazia? Estão nas comissões parlamentares. Ordenados luxuosos? Enganam-se, os nossos políticos são dos mais mal pagos da Europa e é por isso, aliás, que ninguém quer ir para lá. Está-se muito melhor no sector privado onde se recebe muito mais, o nosso trabalho é reconhecido e não vemos o nosso nome na lama porque alguém de outra cor política se lembrou de vasculhar no nosso passado.

Mas agora tudo mudou. Eis que nesta altura e com um grau de certeza nos 100% podemos dizer que José Sócrates ou Manuel Alegre, um deles é mentiroso!

O candidato presidencial diz que foi afastado pelo líder do PS quando apareceu a candidatura de Mário Soares ao que o 1º Ministro refutou com a ideia que a candidatura de Soares terá sido sempre a primeira e desde logo a escolhida.

Curiosidade: um jornalista perguntou a Manuel Alegre se havia condições para continuar no PS ao que este respondeu que sim. Quando confrontado com o facto de o seu líder partidário o ter desmentido, Alegre finalizou com um: e eu desminto-o também...

Pronto! Já desabafei.

 

Proposta concreta

O Bloco de Esquerda conseguiu mais uma vez propor outra medida inovadora que vem ao encontro das necessidades dos portugueses e dos problemas em geral do País.

É pedida a demissão do Secretário de Estado da Educação em virtude de este ter sido vereador da Câmara Municipal de Penamacor e, nessa altura, ter visto o seu mandato suspenso devido a faltas injustificadas.

Ao negar o Secretário de Estado foi apanhado a mentir, o que é mau. Ainda por cima quando o Bloco diz ter como provas as cópias das actas das reuniões de Câmara onde tal sucedeu.

Mas pior é estar na Assembleia da República depois de ter sido eleito e não ter mais nada que fazer do que andar a descobrir os podres dos governantes para poder andar a pedir demissões.

Vão trabalhar que foi para isso que foram eleitos. Caso ainda tenham reparado há gente neste país que (sobre)vive com dificuldades e há meio milhão de desempregados, só para dar dois exemplos.

Pronto! Já desabafei.

segunda-feira, novembro 14, 2005

 

Presidenciais

Para quem já estava com saudades de eleições aí estão as Presidenciais com a (pré) campanha a aquecer os motores.

Por um lado temos Mário Soares e Manuel Alegre a atacarem Cavaco Silva e a degladiarem-se sobre quem o criticou primeiro quando este disse que não era um político profissional.

Por outro lado temos Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã a concorrerem não à Presidência mas para ver se Cavaco não ganha...

E por outro lado ainda temos Garcia Pereira, o eterno candidato a tudo e em todas as eleições, a reclamar para si o mesmo direito a ser ouvido que todos os outros.

Cavaco Silva, provavelmente o melhor 1º ministro que Portugal já teve e por isso amado e odiado por esse país fora, é que continua a distribuir elevado sentido de Estado, postura e dignidade próprias de um verdadeiro Presidente.

Pronto! Já desabafei.

 

Requalificações profissionais

Eis uma boa notícia!

O Instituto de Emprego e Formação Profissional decidiu lançar um programa de combate ao défice de qualificação dos portugueses. Para que saibam cerca de 80% dos portugueses têm o 9º ano de escolaridade ou menos (!).

Depois de prestar provas qualquer um de nós pode passar no Centro de Emprego e requerer o seu certificado profissional ou a respectiva equivalência escolar.

Imaginem alguém com a 4ª classe que trabalha como electricista há 10 anos. Essa pessoa pode finalmente fazer valer a sua experiência e requalificar-se profissionalmente.

Não se trata mais do que um caso de justiça em que fica reconhecida legalmente a competência profissional do indivíduo.

Boa!

quinta-feira, novembro 10, 2005

 

Processo Casa Pia

Aí estão finalmente desenvolvimentos no que toca a este processo tão mediático quanto chocante.

O que me apraz registar aqui é que estranhamente ou não, dois dos arguidos mais conhecidos do grande público foram dispensados de ir a julgamento. Ou seja, Paulo Pedroso e Francisco Alves, antigo deputado socialista e arqueólogo respectivamente, viram as suas acusações arquivadas por falta de provas.

Até aqui tudo bem não fossem o elevadíssimo número de crimes de que ambos eram acusados. Paulo Pedroso era acusado de 23 crimes de abuso sexual de crianças e Francisco Alves acusado de 34 crimes de lenocínio.

Naturalmente não tenho nada contra estes senhores, nem muito menos movo algum tipo de perseguição. Mas a única coisa que acho estranho é que de 57 suspeitas de crime não se conseguisse provar uma única...

Das duas uma, ou temos neste país soberbos advogados de defesa ou temos um Ministério Público com excesso de zelo.

Pronto, já desabafei!

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