quarta-feira, junho 22, 2005

 

De regresso à Europa!

Olá meus caros!

Eis-me de volta ao Ocidente após ter tido a felicidade de ter estado uma semana em Macau.

Posso dizer-vos que foi uma experiência extraordinária pois a língua é completamente estranha (é verdadeiramente chinês para nós), os hábitos completamente diferentes, o clima danado de húmido - menos calor que cá mas uma autêntica sauna e até o cheiro dos restaurantes que perfumam a cidade são estranhos.

Com 25 Km2 Macau tem 350.000 habitantes sendo portugueses apenas 1.500 (quem diria?). Existem 24 Bancos dando uma média de quase um banco por Km2, sendo o principal o "Bank of China".

Aquela pequena parcela de terreno prepara-se para ultrapassar Las Vegas como a capital mundial do jogo! É impressionante o número de pessoas que a meio da semana jogam roleta, blackjack, slot-machines ou póquer num dos numerosos e luxuosos casinos existentes. Apesar do luxo e requinte podemos entrar de ténis e calças de ganga.

O comércio é uma autêntica roda viva e as lojas estão abertas pela noite dentro. Não reparei num único restaurante chinês como os "nossos" e até a comida é diferente. Pedem-se doses variadas que vão surgindo na mesa à medida que cada um petisca de cada uma delas (com os pauzinho, claro!). Desaconselho (flor de) Lótus: é horrível! Lá tive de fazer uma cara simpática. Para quem gosta de chá é o paraíso.

Macau e Portugal confundem-se pois estamos presentes em todo o lado: nos nomes das ruas, nos nomes das lojas, na calçada portuguesa, no BNU que emite a Pataca local e também nas matrículas dos carros (pretas com letras brancas) e nas cores dos táxis (pretos e verdes). Até num dos mais conceituados casinos da cidade - o casino/hotel Lisboa. A par do chinês, o português é também lingua oficial em Macau e, para além disso, preserva-se ao máximo a antiga presença portuguesa diferenciando assim Macau de outra qualquer cidade chinesa.

Algumas curiosidades: existem cerca de 2.500 caracteres chineses que são comuns e escritos em toda a China. Embora a lingua oficial seja o Mandarim existem cerca de 5.000 dialectos por todo o país. Por exemplo, em Macau fala-se o cantonês (da região de Cantão) e em Xangai fala-se o xangainês e ninguém fala Mandarim. Ainda que os vários dialectos sejam baseados nos mesmos caracteres, estes são falados de maneira diferente! Disseram-nos que a China é o país dos fax's pois como a escrita é comum...

Outra curiosidade que decidi pôr à parte porque, pelo menos para mim, é um orgulho: os macaenses consideram-se portugueses e preferem Portugal à China. Assim é que é!

Por fim Hong Kong. A uma hora de barco de Macau encontra-se um asfixiante fluxo de pessoas que circula por entre avenidas largas cheias de trânsito e delimitadas por arranha-céus. Existem tantas placas de publicidade que não se vê o fim de algumas ruas. As lojas de telemóveis têm vendedores(as) na rua que nos mostram os dois ou três últimos modelos existentes. "Leve 2 pague 1" cheguei a ver. De dia e à noite encontramos vários mercados de rua com roupa, relógios, brinquedos e comida onde os locais, para além do chinês (?), sabem dizer e percebem: "how much?", "price", "yes", "no" e pouco mais.

Desculpem o comprimento do texto mas foi o mais resumido que consegui.

E muito mais ficou por dizer, acreditem...

Comments:
que emoção.A unica mais parecida com a tua descrição é o livro sobre as aventuras de Michel vaillant em Macau,chamado precisamente..."Encontro em Macu".Recomendo.
 
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