quinta-feira, maio 12, 2005
A revolução das maçãs
Tenho a impressão que desta vez vou escrever para um público de uma determinada faixa etária. Mas não pensem que é propositado. Longe de mim afastar alguns dos (provavelmente já poucos) leitores existentes. Ao longo do texto perceberão (ou não) do que falo.
Há uns anos atrás, em matéria de fruta, havia duas coisas bem distintas: o pêro e a maçã.
Para aqueles que se lembram, foi com a entrada na (antiga) CEE que algumas coisas começaram a mudar. E desde logo pela fruta. Sim! Essa problemática que assolava a vida de todos os portugueses e gerava na altura um descontentamento generalizado. Aliás, diria mais, era um verdadeiro sinal de terceiro mundismo.
A pouco e pouco o pêro foi sendo promovido a maçã. Aqui e ali a moda foi pegando. Cada vez mais bonitos e luzidios, os peros – desculpem – as maçãs ocupavam o seu lugar nas bancadas. Para diferenciar estas maçãs europeias das verdadeiras surgiram coisas como: a maçã Starking, a maçã Golden e mais recentemente descobri mesmo as maçãs Red e as Granny Smith – só podem ser o topo de gama, concerteza.
Resumindo: os peros são amarelos, verdes ou vermelhos e são algo adocicados e as maçãs são ligeiramente achatadas em cima e em baixo e são sempre esverdeadas.
Para aqueles que ainda torcem o nariz e não acham grandes diferenças sugiro comerem uma maçã (a verdadeira, a reineta) com casca e depois digam-me qualquer coisa.
O meu avô ensinou-me, em puto, as diferenças e sempre consegui identificá-los a olho e tacto.
ah, o meu avô tb me disse que a melhor fruta é a q tem pior aspecto: enrugada, tocada, etc. Por outro lado, o facínora do velho também me deu a comer o meu coelho de estimação sem eu saber.
Cota do demo! :(
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